sexta-feira, 11 de março de 2011

30/01/2011 MACHU PICCHU-CUZCO

Chegamos à fila do ônibus às 03h30min já com uma meia dúzia de pessoas aguardando. O porquê disto? Queríamos chegar a tempo de pegar o carimbo para subir o Wayna Picchu (montanha jovem em quéchua), um luxo exclusivo para os primeiros 200 visitantes que podem subir às 07h00min ou 10h00min da manhã. Felizmente, não tivemos problema com carimbo, mesmo contabilizando a turma que subiu a pé no frio da madrugada e chegou antes ou junto do ônibus. Como o clima estava péssimo acabamos escolhendo o horário de 10h00min para subir Wayna Picchu, na esperança por um sol soberano no céu. Com neblina e chuva fina incessantes, aproveitamos para conhecer com bastante calma toda a região do Grupo de Las Tres Portadas entrando em todos os recintos e vendo cada detalhe da arquitetura inca, aqui encontramos belas moradias de artesãos com rico setor agrícola. A vantagem de madrugar em Machu Picchu é que se pode percorrer o circuito no sentido que desejar sem ouvir os apitos incessantes dos guardas, isto obviamente, até a chegada dos turistas que desembarcam de trem. Chegamos ao abrigo existente do lado da rocha cerimonial e a frente na portaria que dá acesso a Wayna Picchu, nós aguardamos até 09h30min para começar a trilha. Subimos quando a chuva deu uma trégua e sol o ar da graça. Logo no início a trilha encontra-se uma bifurcação, rota da esquerda para o pico pequeno e rota da direita para pico grande, rumando para Wayna Picchu nós passamos por um pequeno descenso entre os dois picos e nos deparamos com visuais impressionantes do vale e com a curva de 180º do Rio Urubamba, a trilha subiu ziguezagueando o morro até alcançar os primeiros terraços agrícolas de Wayna Picchu, algo inimaginável considerando o relevo íngreme do lugar. Contornamos os terraços e construções de aldeões até as rochas no topo da montanha onde tivemos uma vista em 360º de todo o vale e aos nossos pés a cidadela de Machu Picchu, um tanto coberta com névoa. Depois de um descanso nada breve admirando o visual, começamos a descer de volta a Machu Picchu. Uma opção de descida que não tomamos devido ao pouco tempo foi o desvio em direção ao Templo da Lua, a visita ao templo nós tomaria mais 2 horas para contornar toda a base da montanha e voltar para a trilha original em um nível mais abaixo. Quando resolvemos subir Wayna Picchu achávamos que o local era exclusivamente panorâmico, mas ao nos depararmos com uma improvável vila de visual estonteante acima de M.Picchu, todo o esforço valeu à pena! De volta ao Centro de Visitantes, fizemos um rápido lanche com sanduíches providencialmente guardados na mochila, por certo, estávamos com pressa para conhecer outro local deslumbrante, o Intipunku (Porta do Sol). A trilha para Intipunku (60 minutos) é o caminho reverso da trilha inca e começa próximo ao Recinto Del Guardián. Seguimos por um trecho todo calçado da trilha inca passando pelo acesso a montanha de Machu Picchu (montanha velha em quechua), ao longo do trecho encontramos algumas ruínas utilizadas como ponto de apoio e depósito de alimentos com visuais belíssimos de Machu Picchu em nível mais baixo. Quando chegamos a Intipunku encontramos lhamas como as únicas moradoras atuais do lugar e trecho fechado mais adiante devido à queda de barreiras, inclusive para caminhantes da trilha inca. Como tínhamos que embarcar no trem das 17h00min, voltamos rapidamente pela trilha para a cidadela com direito a uma pausa no Recinto Del Guardián para apreciar pela última vez Machu Picchu cercado de lhamas que descem ao entardecer emoldurando o visual da cidade. Hora de voltar: ônibus Machu Picchu-Águas Calientes, trem da Peru Rail Águas Calientes-Ollantaytambo, ônibus da Peru Rail Ollantaytambo-Cuzco. A viagem de trem foi dinâmica graças ao teto envidraçado do trem, por outro lado, o ônibus até Cuzco foi cansativo, quando desembarcamos em Cuzco só deu tempo para jantar uma parrilada em um dos restaurantes localizados nos terraços da Plaza Mayor de Cuzco. Rumamos novamente para o mesmo hostel que ficamos na primeira estadia em Cuzco, o Hostel Apu Wasi (23 soles por pessoa) situado na pirambeira da Rua Pumakurko, só que desta vez fomos taxi até a Iglesia San Cristobal localizada no alto da Pumakurko sem penar na ladeira. Noite para arrumar a bagagem para nossa partida do dia seguinte rumo a Rio Branco no Acre pelo vôo direto recém inaugurado da Star Peru (U$$ 99,00). Fim da viagem!

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