sexta-feira, 11 de março de 2011

18/01/2011 IQUIQUE

Com o Suzuky 4x4 alugado tratamos de comprar o galão de 20 litros extra em um posto da cidade. Dirigimos até PanAmericana voltando um pouco rumo ao sul até Pozo Almonte onde completamos o tanque e compramos os lanches para a viagem. De volta a estrada seguimos rumo norte até Huara onde tomamos a ruta A-55 rumo ao antiplano chileno. Logo no início surge no horizonte do deserto o Cerro Unita, tomamos um desvio de fácil acesso até deparar com o Gigante do Atacama, o maior geóglifo do mundo, a boa é ficar um pouco distante para identificá-lo, rodando ao redor do Cerro vimos outros pequenos geóglifos. Subindo pela A-55 atravessamos a Quebrada de Taracapa e passamos pela entrada para Termas Chusmiza, esse trecho seco e belo se mostrou extremamente perigoso com curvas sem sinalização e desfiladeiros com centenas de metros de profundidade. Saímos da rodovia na indicação para Mauque, ligamos nosso GPS já com mapas do Chile instalados no Brasil e com rotas do antiplano programadas rumo ao Geysers de Puchuldiza. Para chegar ao Geyser com auxílio do GPS, a estrada passou por belas paisagens de bofedais do antiplano ricas em lhamas, vicuñas e suris (avestruzes). Pouco antes do mirante do Geyser (4200 metros altitude), um ancião andino apareceu cobrando entrada (1000 pesos), nós pagamos a taxa e seguimos para o Geyser como já estávamos no meio da manhã as atividades geotermais estavam baixas, pouco vapor e muita borbulha com esporádicos jatos de água, ainda assim, não pode dar mole. Rodamos todo o campo geotérmico guiando-se pelos rastros dos pneus de outros visitantes e encontramos a piscina termal de Puchuldisa. Estrategicamente projetada na encosta do Geyser e alimentada pelo riacho de água fervente, em Puchuldiza encontramos a melhor de todas as piscinas termais, pequena e privativa com mais ninguém ao redor! Seguimos de volta e agora programamos o GPS para rumar em direção ao Parque Nacional Isluga e seus povoados quase desabitados (Mauque, Ancuyo, Enquelga, Isluga). Mauque é um pequeno povoado com igreja e casinhas, já Ancuyo pareceu abandonada servindo somente como ponto de apoio para os criadores das centenas de lhamas e vicunãs no bofedal ao redor da seca Laguna Aravilla. Fizemos uma breve caminhada na Laguna Aravilla. A partir desse ponto seguimos margenado os bofedais ao redor do Rio Isluga cheios de lhamas e patos d´água. Passamos por Enquelga com sua grande igreja colonial com campanário em separado e tomamos um novo desvio à direita para as Termas de Enquelga, de livre acesso e formada por duas piscinas públicas com água aquecida pelo Vulcão Isluga, encontramos uma área de piquenique onde almoçamos com vista para o povoado de Caraguano e Vulcão Isluga, lado ruim da piscina foi a presença de nativos que usam a piscina para se banhar com sabonete e shampoo prejudicando a qualidade da água. Voltamos para a estrada principal parando mais adiante no povoado de Isluga, o maior e mais fotogênico povoado do Parque Nacional, continuamos bordeando os bofedais e as criações de lhamas até alcançar a ruta A-55 novamente. Seguimos pela A-55 até Colchane, a última cidade antes da Bolívia, como não tínhamos autorização para o carro alugado, começamos a fazer o caminho de volta para Iquique. O prazo estava apertado e cortamos a visita ao recomenda Vila de Cariquima, mais habitada que as demais e aos pés do vulcão de mesmo nome. A ruta A-55 corta regiões belíssimas do antiplano e está entre as mais belas rodovias do norte do Chile. Ao chegarmos a bifurcação da A-55 com a PanAmericana em Huara tivemos que completar o tanque com gasolina do galão porque não daria para chegar até o fim. Já na saída da PanAmericana rumo a Iquique, tentamos visitar o povoado de Humberstone, a maior cidade abandonada da época áurea das salitreiras, mas demos azar porque o local já estava fechado.

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