Descrição de uma viagem de 20 dias por três países da Cordilheira dos Andes, alternando visuais do antiplano andino, deserto do atacama e floresta tropical úmida. Detalhes sobre: HOSPEDAGEM, ATRAÇÕES, TRANSPORTES COM PREÇOS ESTIMADOS.
sexta-feira, 11 de março de 2011
27/01/2011 CUZCO
Acordamos cedo e rumamos rumo ao topo da Pumakurko para conhecer ruínas incas. Fomos os primeiros a chegar a Saqsaywaman ainda com o orvalho da manhã. Contratamos um guia que nos explicou sobre toda a fortaleza explicando a pilhagem realizada pelos espanhóis que retiraram as pedras da fortaleza para uso nas construções coloniais de Cuzco. A perfeição dos encaixes das pedras nos impressionou, e a panorâmica do lugar fez com que entendêssemos melhor o desenho da cidade em forma de puma, com Saqsaywaman representando a cabeça e seus muros em zig-zag representando os dentes do puma. Como pretendíamos conhecer as outras ruínas, o guia que morava em um rancho a uns 300 metros de Saqsaywaman, nos ofereceu a opção de fazer o passeio a cavalo a partir de Saqsaywaman, fechamos a negociação por 35 soles por pessoa e marcamos para o meio da tarde. Descemos a trilha para o centro de Cuzco para fazer o passeio pelo Centro Histórico. Com o mapa do boleto turísitico em mãos, procuramos pelos antigos palácios incas dos imperadores, mas infelizmente só o que pode ser visto atualmente são os alicerces e fundações com pedras incas que servem de base para construções coloniais, muitos locais funcionam atualmente como hotéis, bancos, restaurantes. Seguimos por bonitas e estreitas vielas com destaque para a Cuesta Del Almirante e Suntur Wasi situadas à esquerda e à direita da Catedral, respectivamente. Outras vielas que achamos muito bonitas foram as que circundam o Convento de Santa Carolina e Companhia de Jesus. Seguimos para uma das melhores atrações de Cuzco, o Convento e Igreja de Santo Domingo (entrada por 15 soles), aqui fizemos a visita guiada (20 Soles) nas dependências do complexo construído em cima do templo inca de Qorikancha, o templo de adoração ao Deus Sol ricamente adornado em ouro. As únicas construções incas que sobraram se concentram ao redor do pátio central do convento com peculiar precisão arquitetônica inca, perfeito alinhamento das pedras, janelas criando jogos de luzes nos solstícios e equinócios, nichos para oferendas, todos estes, detalhes que deixam em segundo plano a riqueza da construção colonial. Conhecemos também o local onde ficava a imagem do Deus Sol, neste local só sobrou o grande muro de pedra que serviu de fundação para a Igreja de Santo Domingo. Saímos do complexo e descemos até a Av Del Sol onde visitamos o Museu Qorikancha (entrada com boleto turísitico) com pequeno acervo inca encontrado nas escavações do local, destaque para os crânios deformados da alta hierarquia inca. Fizemos uma caminhada pela região da Plaza San Francisco onde se localiza o convento de mesmo nome e a Plaza Recocijo Kusipata com o prédio da Prefeitura e sua imensa bandeira dos povos andinos e também o Palácio de Garcilaso de La Veja onde funciona o Museu Histórico Regional, onde apreciamos o belo acervo de pinturas da escola cusquenha, nos divertimos procurando nos quadros as referências incas. Como o tempo estava apertado, seguimos direto para a Catedral de Cuzco (entrada 25 soles) onde fizemos a visita guiada. A catedral é na verdade um complexo de três igrejas: Iglesia Jesus, Catedral de Cuzco, Igreja Del Triunfo, construído sobre o templo inca do imperador Wiracocha. A Catedral é belíssima de amplitude imensa, altares de prata, púlpitos e balcões da congregação em madeira de lei e altares laterais finamente decorados e enormidade de quadros da escola cusquenha. De volta a Saqsaywaman, encontramos nosso guia mirim e começamos o passeio a cavalo por uma trilha enlameada através de bosques até o sopé de uma montanha com bela vista de Cuzco. Quando encontramos a rodovia próxima à Vila de Huayllarcocha nós deixamos os cavalos e seguimos em van de linha (0,50 soles) até Puka Pukara (entrada com boleto turísitico). Essa fortaleza no topo de uma montanha serviu de entreposto administrativo para os viajantes incas que seguiam de Cuzco para Vale Sagrado e vice-versa. Fizemos uma visita rápida e nos surpreendemos com uma improvável maquete de Machu Picchu feita de pedra. Deste ponto para Tambomachay (entrada com boleto turísitico) seguimos caminhando passando pelos artesãos cuzquenhos até alcançar os aquedutos incas no fim da trilha. De volta à rodovia, pegamos novamente van de linha até o local onde estavam os cavalos. Fomos cavalgando até um local geralmente fora do roteiro turísitico, mas aprazível para o fim de tarde dos cuzquenhos: as ruínas de Laqo (entrada livre). Em Laqo eram realizados sacrifícios e outros rituais religiosos em adoração a lua, o templo de Laqo ou o que restou dele está esculpido no topo de uma montanha com diversos altares de pedra, nichos para ídolos e oferendas, pachaunanchaq (relógio de sol) e subterrâneos onde encontramos altares de sacrifício e ídolos de pedra representando os três animais sagrados dos incas: serpente, puma e condor. Terminamos a cavalgada em um bairro acima das ruínas de Qenqo (entrada com boleto turísitico) onde conhecemos o anfiteatro e monolito cerimonial, passagens subterrâneas e incríveis assentos de pedra usados por sacerdotes e múmias. Voltamos de Qenqo para Cuzco pela van Cristo Blanco-Cuzco (0,50 soles), buscando em seguida o carro Suzuky Grand Vitara (247 Soles diária com taxas) reservado na Hertz (Av. El Sol esquina com Av. Garcilaso). Fizemos uma pausa para assistir ao show folclórico no Centro Qosqo de Arte Nativo (entrada com boleto turísitico). Deixamos o carro antes do hostel porque não dava pra subir e manobrar na ladeira Pumakurko.
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