sexta-feira, 11 de março de 2011

20/01/2011 ARICA-PUTRE-PARINACOTA

Fomos buscar a Toyota Hilux na locadora Hertz (135000 pesos por dois dias com as taxas e seguros). Aqui vale lembrar que nós penamos no dia anterior para encontrar uma agência confiável: a Cactus parecia um stand de camelo muito sujo e estranho, a Klasse era um galpão com depósito de carros velhos alugados sem seguro algum e a preços nada em conta, ficamos com o padrão de qualidade Hertz que para a rota que desejávamos só tinha pick-ups disponíveis. Com galão extra cheio de diesel seguimos com nosso GPS pela rota mais curta, o que não quer dizer que é a melhor. Fizemos uma rota Arica-San Miguel pelo Vale de Azapa com grandes áreas de agricultura encravadas no deserto, pegamos a saída para Cuesta Del Aguila subindo a Quebrada del Diablo com belas paisagens ao fundo. Na bifurcação Poconchille-Cuesta del Aguila seguimos a orientação do GPS para a Cuesta del Aguila, uma decisão que nos colocou em uma estrada do Rally Dakar, com certeza a rota mais perigosa da viagem com passagem para um só veículo, curvas fechadas e precipícios de perder o fôlego, enfim um visual árido ao extremo sem uma alma viva ao redor. Essa travessia nos jogou mais na Ruta Internacional 11, daqui continuamos subindo passando pela área árida habitat do endêmico, mas feioso cactus candelabro. Mais acima já com habitat mais verdejante fizemos uma parada no mirante de Putre com nevado de Putre ao fundo “sem neve”, pasamos por Las Cuevas onde se concentram viscachas e mais bofedais do antiplano com lhamas e vicuñas. Nosso plano foi seguir em frente até as Lagunas de Parinacota, um local de degelo com vista para os Nevados de Payachata (Vulcões Parinacota e Pomerape), aqui fizemos nosso almoço em uma área de piquenique as margens da estrada. Seguindo mais a frente, encontramos o Lago Chungará (o lago mais alto do mundo com 4550 metros de altitude) com um volume reduzido de água, aqui buscamos informações sobre pernoite com o guarda-parque no alojamento as margens do lago. Vimos que o alojamento do guarda-parque era uma opção de hospedagem boa e barata no antiplano, mas resolvemos procurar algo com alimentação. Daqui pra frente encontramos um grande engarrafamento de carretas na fronteira com a Bolívia, sem poder seguir em frente, nós voltamos rumo ao Povoado de Parinacota via GPS. Para nossa surpresa, o encontramos o Povoado de Parinacota (4400m) vivo com habitantes, hotel, mercearia, nesse momento não tivemos dúvida em nos hospedar no Hostel Uta Kala de Don Leo (10000 pesos por pessoa) (leonel_parinacota@hotmail.com; artesaniasirma@live.cl) um lugar com artesanias, baños calientes, cena, desayuno, chá de chachacona e coca (ervas ótimas para o puna) e pôr do sol com vista para bofedais cobertos de lhamas. Daqui fizemos caminhada no fim da tarde nas trilhas do Parque Nacional Lauca e no bofedal em frente ao povoado, provamos também alpaca defumada servida na vendinha do povoado. À noite, jantamos a comida preparada pelo Leo: sopa de legumes de entrada mais lhama grelhada com purê de papa com quinua como prato principal. Chegou a hora de dormir e nesse dia foi difícil, sentimos dificuldades para respirar pela altitude e tivemos que abrir a janela do quarto para entrar mais ar e obviamente mais “frio”.

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