sexta-feira, 11 de março de 2011

29/01/2011 CUZCO-MACHU PICCHU

Chegamos com antecedência a estação da PeruRail em Cuzco e embarcamos em microônibus para Ollantaytambo onde esperamos pelo trem na estação situada na confluência dos rios Patakancha e Urubamba. O trecho do vale cortado pela ferrovia é lindo e estreito com montanhas ladeando o Rio Urubamba, o estilo envidraçado das laterais e teto do Trem Expedition (passagem por U$$ 48 por pessoa em janeiro 2011) deixou a viagem estonteante com belos panoramas das florestas, cachoeiras, riachos e ruínas ao longo do Vale Urubamba. Algumas paradas acontecem nas 2 horas de viagem, quase sempre em pontos alternativos para trekking da trilha inca. Desembarcamos na estação de Águas Calientes e a recepcionista da Pousada Pirwa já estava nos esperando para fazer o check-in (43 soles por pessoa). Deixamos as bagagens e seguimos para Macchu Picchu comprando as passagens de ônibus (38 soles ida e volta). Depois do um zig-zag da subida chegamos ao centro de visitantes. Optamos pelo passeio guiado de 2:30 nesse primeiro dia (20 soles pessoa) para reconhecer os locais, histórias dos diferentes sítios arqueológicos. Tivemos a primeira visão impactante da cidadela ao fim da trilha que leva ao Recinto Del Guardián, parada estratégica no clássico ponto panorâmico para registrar toda a cidadela na foto. Depois de uma breve história contada pela guia sobre Machu Picchu, a geografia do local e caráter sorrateiro de Hiram Bingham; seguimos para a ala agrícola oeste onde tivemos um visual espetacular do vale. Atravessamos o portão principal trapezoidal e visitamos dentro da área urbana a casa do imperador inca e casa de sua companheira, construções destacadas das demais pelo estilo imperial das pedras e portadas duplas nos arcos. Visitamos diferentes recintos dos aldeões, o Torreón e as fontes de água subterrâneas que abasteciam a cidadela. Já na área nobre de Machu Picchu visitamos os famosos templos religiosos, tais como, o Templo de Las Tres Ventanas e casa do sacerdote. Na praça dos templos encontramos também uma pedra em forma de losango indicando os pontos cardeais e um relógio do sol. Em Intiwatana (Templo do Sol), nos deparamos com a rocha sagrada utilizada pelos incas para “amarrar” o sol no solstício de inverno, a rocha estava rodeada por dezenas de turistas se energizando. Descemos circundando a praça principal que é fechada aos turistas e chegamos à famosa rocha cerimonial em forma de Cuyo (porquinho-da-índia), local de oferendas e sacrifícios. Contornando pelo lado leste passamos pelo Grupo de Las Tres Portadas, uma área pouco explorada pela guia, mas que concentra os mais bonitos recintos dos aldeões e visuais deslumbrantes do vale. No Templo do Condor, a ave sagrada dos incas que poderia transitar entre o solo (mundo dos vivos) e os céus (mundo dos deuses), para visualizar a forma do dito cujo tivemos que ser criativos, seu bico está encravado no chão em uma pequena rocha e suas asas são as rochas que servem de base para as paredes do templo. Passamos pelas construções coletivas usadas pelos sacerdotes para aprendizado religioso, astronômico, têxtil e agrário até terminarmos nossa visita guiada nos depósitos de comida, as qolqas. Ficamos até o último suspiro em Machu Picchu, o bom é que os turistas que não pernoitam em Águas Calientes têm que ir embora para embarcar no trem deixando a cidadela vazia ao fim do dia! Com privacidade e tranqüilidade podemos apreciá-la por um bom tempo, antes de pegar o ônibus de volta para Águas Calientes já com uma chuva fina no ar. Os preços dos restaurantes não são abusivos em Águas Calientes, comemos bem sem gastar muito, visitamos a estátua de Pachacútec na praça principal e andamos pela cidade que cresceu sem planejamento. As ruas são estreitas e construções sem quintal são apinhadas umas nas outras com dois ou mais andares, lembra uma favela carioca, por outro lado, tem saneamento e iluminação em perfeitas condições. Dormimos cedo porque iríamos sair as 03h00min do dia seguinte para pegar o primeiro ônibus para Machu Picchu.

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